Alternativas
Há três métodos principais através dos quais podemos procurar resolver os problemas do mundo.
O primeiro é a revolução. Isso significa revolta violenta. O exemplo da Revolução Francesa e as experiências de Lênin e Stalin nos fazem recear que essa violência possa criar apenas outra tirania. O revolucionário tem, com demasiada frequência, uma perspectiva maquiavélica e justifica qualquer método para atingir seu objetivo. No fim, pode estabelecer um governo de opressão quase tão retrogrado quanto o regime anterior. Os grandes educadores do passado, como Sócrates, Erasmo e Tolstói, observaram que a mudança tem de vir de dentro e tem de basear-se em princípios éticos.
O Segundo meio, pelo qual podemos buscar uma solução para os problemas do mundo, é a guerra. Heráclito, na Grécia, observava que a guerra é a mãe de todas as coisas e que cria as sementes do progresso. Hegel observou que a guerra decide o destino do mundo. Nietzsche disse certa vez que a guerra é a essência da civilização. Hoje, porém, sabemos que um conflito maior significaria o fim da civilização. Depois de milhões de seres humanos haverem sido mortos no século XX, nossos dilemas são exatamente tão agudos quanto o eram no século XIX. Uma guerra atômica seria um pesadelo ímpar para a humanidade.
Nossa terceira alternativa é a educação. Opera lentamente, de modo evolucionário. Não cria utopias repentinas. Não oferece remédios mágicos. Não faz promessas categóricas. Exige esforço e disciplina. Desperta o homem para suas próprias potencialidades criativas – para aquilo que William James chamou de “wider self”(o “eu mais amplo”). A educação, considerada corretamente, é o instrumento de sobrevivência mais formidável que o homem possui.
(História do Pensamento educacional, p. 28, Frederick Mayer)
Cotrim, G & Parisi, M. Fundamentos da educação: história e filosofia da educação. São Paulo: Saraiva, 1986.
Cotrim, G & Parisi, M. Fundamentos da educação: história e filosofia da educação. São Paulo: Saraiva, 1986.
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