sábado, 25 de maio de 2013

Barrocas: Conferência Municipal de Educação acontecerá na segunda-feira.

A Conferência Municipal de Educação, será um momento especial na história do município, constituindo-se em espaço de discussão entre instâncias de participação coletiva envolvendo diferentes segmentos, setores e profissionais interessados na construção de políticas para a educação. A conferência terá como tema central O PNE (Plano Nacional de Educação) na Articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração.

Busca-se com a Conferência, promover espaços de discussão e articulação entre os entes federados e os setores da sociedade civil, a fim de construir e analisar propostas para definição e implementação de políticas públicas para a Educação.

A Conferência Municipal de Educação acontecerá na segunda-feira, 27 das 08:00 às 17:00, no Colégio Municipal de Barrocas.

Realização, Secretaria de Educação e Prefeitura Municipal de Barrocas

@ Nossa Voz - SEMEB
Fonte:  @nossa voz

domingo, 12 de maio de 2013

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: ATÉ QUANDO?


Veja vídeos de casos de violência nas escolas em todo o Brasil

De cada dez professores, quatro sofreram agressão em SP, diz pesquisa.
Estudante agride docente na sala; professor dá socos em aluno no RJ. 



Uma pesquisa com professores de São Paulo aponta: quase a metade já sofreu algum tipo de agressão em escolas públicas. Fantástico mostra imagens e depoimentos exclusivos sobre essa violência nos colégios, que preocupa o Brasil inteiro.

Aluno bate em aluno. Aluno bate em professor. E professor bate em aluno. São flagrantes recentes da violência nas escolas brasileiras.
Uma das cenas que mais tiveram repercussão foi a de um estudante de 15 anos agredindo uma professora de inglês dentro da sala de aula.
O Fantástico conseguiu imagens inéditas, desse caso, gravadas por um aluno. A escola particular fica em Santos, no litoral paulista.
Pela primeira vez, a professora revela os motivos do ataque: uma nota baixa porque o estudante não havia feito o dever.
“Ele já não vinha fazendo as minhas lições desde o ano anterior. Quando aconteceu o episódio dele levantar, pegar o meu diário de classe, apagar as notas, chutar as minhas folhas, eu só levantei porque achei que ele fosse rasgar o diário”, ela diz.
A professora descreve a agressão: “No momento em que ele passa a perna em mim, eu tento me segurar na blusa dele. Eu agarrei a perna dele com intuito de evitar que ele continuasse me socando”, afirma a educadora.
O aluno, de 15 anos, foi expulso da escola. Segundo a professora, ele sempre teve um perfil violento e a xingava, com frequência, dentro da sala de aula. “A falta de respeito é muito grande. Já chegou a arremessar carteiras em cima de mim”, lembra.
Esta semana, uma pesquisa encomendada pela Apeoesp, o sindicato dos professores do ensino oficial do Estado de São Paulo, ao Instituto Data Popular traçou um quadro da violência nas escolas públicas paulistas.
De cada 100 professores, 44 dizem já ter sofrido algum tipo de agressão. A verbal é a mais comum, ou seja, quando o professor é ofendido é a mais comum. Depois, vêm assédio moral, bullying, agressão física, discriminação e furto.
“Salas superlotadas, escolas mal iluminadas. É um ambiente que serve para tudo, menos para o aprendizado adequado para os alunos”, explica Renato Meireles, diretor do instituto de pesquisas.
A pesquisa revelou ainda que 29% dos professores já viram estudantes alcoolizados na escola. E 42% presenciaram alunos sob efeito de drogas. E 29% flagraram o tráfico dentro do colégio.
A Secretaria de Educação de São Paulo diz que desenvolve iniciativas de combate à violência.
“A Secretaria de Educação conta com um oficial da Polícia Militar que assessora diretamente o secretário de Educação nessa articulação entre as nossas escolas e os comandos territoriais da Polícia Militar”, afirma Felipe Angeli, coordenador da Secretaria de Educação de SP.
Na quinta-feira (9), em um colégio estadual de Aracaju, Sergipe, um aluno de 14 anos foi encontrado, na hora do recreio, com 30 cápsulas de cocaína. Ele disse à policia que vendia drogas na escola havia dois meses.
Também na quinta, aconteceu um assassinato em frente a um colégio público, emVespasiano, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ana Caroline Costa, 16 anos, foi morta com um tiro na cabeça. Outros dois estudantes também ficaram feridos. Segundo a polícia, está havendo uma guerra de gangues e Ana Caroline não tinha nada a ver com a história.
“A violência é uma epidemia dentro das escolas e os custos disso ficam para toda sociedade brasileira”, destaca Meireles.
E quando é o próprio professor quem agride? As imagens são de uma escola estadual deMaricá, Região dos Lagos, Rio de Janeiro. O Fantástico localizou o estudante, de 14 anos, que levou socos do professor, em uma escola, no mês passado.

Ao lado da mãe, ele disse que, no começo da aula, houve uma troca de insultos, mas em tom de brincadeira: “Ele me chamou de gordo. Chamei ele de cabeçudo. Parecia mais uma baderna que uma aula. Todo mundo brincava”, conta.
Segundo o estudante, o professor partiu para cima dele no fim da aula: “Começou a me encurralar. Me cercar. Eu falei: ‘Professor, eu estava brincando’. Ele ficou nervoso e me agrediu”, diz a vítima.
Em outra escola, esse mesmo aluno já tinha arrumado briga, ofendido um professor e precisou passar por um psicólogo. “Não respeitava ninguém, mas de um tempo para cá, eu comecei a ficar bom”, garante.
O professor que deu socos no estudante preferiu não se manifestar. Ele será transferido de colégio.
“O próprio professor é reconhecido como professor extremamente popular, brincalhão, mas, até por isso, talvez, tenha perdido um pouco o respeito por parte dos alunos”, afirma o delegado Henrique Pessoa.
E qual seria a saída para acabar com os conflitos entre professores e alunos? A pesquisa realizada em São Paulo apontou que, nas escolas que fazem campanhas frequentes de combate à violência, há menos agressões.
“A família tem que conhecer o seu filho. Uma vez identificando esses problemas, ela tem que pedir ajuda, caso não consiga resolver internamente”, diz Felippe Angeli.
“Eu sou uma professora. Eu queria a minha vida de volta. Adoro dar aula”, lamenta uma professora.